quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A CONTEMPLAÇÃO: UMA RELAÇÃO AMOROSA



O texto abaixo, escrito por Pe. Álvaro Barreiro, SJ, está publicado na coleção Leituras e Releituras, Ed. Loyola, junho, 2003.
Vale à pena aprender com este homem contemplativo, o exercício, perseverante desta prática, tão eficaz para quem busca seguir Jesus Cristo.

Toda verdadeira oração, e mais particularmente, esta forma específica de oração que é a contemplação dos mistérios da vida de Jesus, é uma relação amorosa. Para ela valem, portanto, as "regras" da relação de amizade e de amor entre as pessoas. O itinerário para chegar a conhecer em profundidade uma pessoa, para começar a amá-la e para crescer em seu amor, é longo, exige muitas e muitas horas de convivência e de contemplação. Uma pessoa não se conhece num encontro só (...).
Sem a contemplação da humanidade de Jesus, sem ouvir, sem ver com nossos olhos, sem apalpar com nossas mãos a Palavra da Vida, "que estava junto do Pai e apareceu a nós" (1 Jo 1, 1-2). Sem a espessura dessa visibilidade carnal, longamente contemplada na oração, a figura de Jesus Cristo corre o risco de ficar reduzida a uma idéia desencarnada ou a um ideal abstrato que, a longo prazo, esvai-se e não tem mais força para mover ao seguimento.

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