segunda-feira, 28 de maio de 2012

O DENTE DE ELEFANTE

Um pesquisador ganhou dos habitantes de uma aldeia, um dente de elefante, como reconhecimento pelo seu empenho em melhorar as condições de vida daquele povo.
Muito agradecido,
 o cientista guardou-o em sua bagagem, e como se tratava de algo de grande valor comercial, passou a dispensar-lhe um cuidado especial. Toda viagem que fazia, levava consigo o dente de elefante, pois tinha receio de que alguém o roubasse. E, assim, suas viagens tornaram-se mais difíceis, pois o objeto era pesado e desajeitado para carregar.
Um dia, quando estava no aeroporto aguardando a chamada de embarque, deixou o dente de elefante junto à bagagem para ir ao toalete e, ao voltar, percebeu que o objeto havia desaparecido. No momento ficou desesperado; a polícia e a direção do aeroporto foram acionadas, mas de nada adiantou, ninguém sabia do paradeiro do objeto.
O homem teve que viajar sem o dente de elefante, pois o avião já estava para partir e ele precisava embarcar.
Durante a viagem, notou que se sentia mais leve, apesar da sensação de aborrecimento que a perda do objeto lhe causara. Ficou mais fácil embarcar e desembarcar com as mãos vazias e, ao perceber isso, refletiu sobre a utilidade do dente de elefante em sua vida, concluindo que havia se tornado muito mais motivo de peso e preocupação do que de alegria.
A partir desse fato ele aprendeu uma lição: só conservar consigo aquilo que, realmente, tivesse uma utilidade em sua vida.

Fonte: A Terapia das Histórias. M. Salette de A. Silva. São Paulo, Paulinas 2011.

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